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quinta-feira, 11 de novembro de 2010
ROTEIROS DESLUMBRANTES
História e ecologia, jóias da Chapada
O coração da Bahia fica, geograficamente, na Chapada Diamantina. É nesta região serrana, de topografia diversificada, que nascem 90 por cento dos rios, inclusive os três maiores - exclusivamente baianos - que formam as principais bacias do Estado: a do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas. São milhares de quilômetros de águas cristalinas que brotam dos cumes, escorrem pelas serras em cachoeiras, deságuam em planaltos e planícies formando belíssimos poços e piscinas naturais. A beleza das águas é complementada por uma vegetação exuberante que mistura espécies cactáceas da caatinga com raros exemplares da flora serrana, especialmente bromélias, orquídeas e sempre-vivas.
Na Chapada estão os três pontos mais altos de todo o Estado: o Pico das Almas, com 1.958 metros de altitude, o do Itobira, com 1.970m, e o do Barbados, com 2.080m, que é o ponto culminante do Nordeste. Isto porque a geografia da região é um prolongamento do sistema orográfico do Espinhaço, de Minas Gerais, que divide, no sentido vertical, as águas do litoral e do rio São Francisco. Também é nesta região onde estão a cachoeira Glass ou da Fumaça, com seus 420 metros de queda livre e o fascinante poço Encantado que emociona tantos quantos o visitem. As atrações naturais são tantas que é possível escolher entre roteiros subterrâneos das grutas, das cachoeiras, caminhar por antigas trilhas de garimpeiros ou cavalgar entre vales como o do Pati em meio a comunidades esotéricas e alternativas. Com muita sorte é possível até, da serra do Capa Bode, em Mucugê, avistar no céu naves de extraterrestres, como já viram muitos habitantes da cidade.
O patrimônio histórico conta a saga do garimpo em cada beco e nos casarões seculares das cidades de Lençóis, Rio de Contas, Andaraí, Mucugê e no minúsculo distrito serrano de Xique-Xique do Igatu, “a cidade de pedras”. Estas cidades nasceram e floresceram com o Ciclo do Minério, a partir do século XVII, quando aconteceu a febre do ouro, dos diamantes e o sonho do enriquecimento rápido. Os distritos e povoados que compõem os municípios da Chapada Diamantina têm qualquer coisa envolvendo o fantástico, que fascina os visitantes.
Primeiros núcleos habitacionais da região, estes lugarejos quando não estão completamente desabitados, parecem estagnados no tempo e no espaço. Os moradores, a maioria velhos e crianças, contam histórias de coronéis perversos, tesouros escondidos, escravos sacrificados que no final viram fantasmas, assombrações ou coisa parecida. Entre as mais fantásticas está a “lenda do Pai Inácio” que foi transformada em roteiro para cinema.
Atração irresistível
As belezas cênicas da Chapada encantam os visitantes a tal ponto que muitos acabam ficando. Foi o caso do biólogo americano Roy Funch, que se naturalizou brasileiro e mora em Lençóis há mais de 20 anos. A paixão de Funch pela Chapada foi tamanha que em 1982 chegou a escrever um trabalho “Chapada Diamantina, uma reserva natural” em defesa da criação de um parque nacional, o que veio a acontecer três anos depois.
O Parque Nacional da Chapada Diamantina foi criado em 1985, por decreto federal, abrangendo uma área de 152 mil hectares da serra do Sincorá e arredores, entre os municípios de Lençóis, Palmeiras, Andaraí, incluindo o distrito de Igatu, e Mucugê.
Muitos ecologistas, técnicos do governo e representantes das comunidades da Chapada sugerem nova demarcação, uma vez que diversas áreas belíssimas que precisam de proteção estão fora do Parque como o morro do Pai Inácio, gruta da Pratinha, gruta Azul, poço Encantado e gruta da Lapa Doce, entre outras.
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