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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Primeiro Parque Eólico da Bahia está atrasado



Empreendimento era para ser inaugurado no ano passado, mas já foi ultrapassado pelo de Caetité que dá prejuízo

Programado para entrar em operação desde janeiro deste ano, o primeiro parque eólico baiano, instalado pela Desenvix em Brotas de Macaúbas, 590 quilômetros a oeste de Salvador, na Chapada Diamantina, continua parado. São três áreas licitadas, cada uma com capacidade de 30 megawatts (MW), onde foram instaladas 57 torres eólicas. O investimento é de R$ 400 milhões, incluindo a aquisição de 40% da área onde está instalado o parque. Os 60% restantes pertencem a pequenos produtores rurais, que vão receber royalties pela operação.

Não se sabe ao certo o motivo do atraso, mas isso preocupa. Principalmente por que o Parque Eólico de Caetité inaugurado dia 9 de julho vai ficar bastante tempo sem qualquer serventia para o sistema elétrico brasileiro, pois a CHESF ainda nem iniciou a construção da rede de alta tensão que vai permitir a sua interligação, em Bom Jesus da Lapa, com o restante do País. Com isso, a Companhia Hidroelétrica do São Francisco está transferindo à sociedade, um prejuízo de R$ 96 milhões por semestre em razão do atraso na construção da linha de transmissão que interligará um parque de geração de energia eólica, no interior da Bahia, à sua rede de transmissão.

O parque eólico de Caetité foi inaugurado, com a presença do governador da Bahia, Jaques Wagner, no prazo contratual, mas a Chesf nem ao menos começou a instalação da mencionada linha de transmissão, uma das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Com capacidade para gerar 294 megawatts, energia suficiente para suprir 540 mil residências, o parque eólico foi instalado por uma empresa privada – a Renova Energia – em áreas de três municípios do Sudoeste da Bahia, Caetité, Igaporã e Guanambi, ao custo declarado de R$ 1,2 bilhão.


18 parques no total

Até o fim de 2012, é esperada a inauguração de 18 parques no Estado, responsáveis pela produção de 413,6 MW, que vão fazer da Bahia o principal polo de energia eólica no País. Até 2014, espera-se que o montante produzido alcance pelo menos 1 mil MW.

O maior parque eólico brasileiro, da Renova Energia, será distribuído entre os municípios vizinhos de Caetité, Guanambi e Igaporã, no centro-sul baiano, tem previsão de inauguração para julho do próximo ano.

Inicialmente, o parque, fruto da compra de 14 áreas pela empresa no primeiro leilão do governo federal, em 2009, terá 184 aerogeradores, com capacidade de produção de 294,4 MW.

O investimento para o início da operação é de R$ 1,17 bilhão - e será acrescido de R$ 800 milhões para a ampliação do parque, com as aquisições das seis áreas adquiridas no leilão de 2010, que vão anexar mais 153 MW à produção a partir do fim de 2013.

No leilão deste ano, realizado em agosto, a empresa adquiriu mais nove áreas na região, para exploração de 212,8 MW.

FONTES RENOVÁVEIS

1 O vento existente nos seis continentes é suficiente para suprir o consumo mundial de energia em mais de quatro vezes o nível atual. Desde os anos 70, o governo dinamarquês apóia a implementação da indústria de energia eólica Na Dinamarca, existem mais pessoas trabalhando na indústria de energia eólica do que na pesca.

2 A luz solar que ilumina a Terra a cada hora é suficiente para suprir as necessidades humanas por um ano inteiro. Há muitas maneiras de utilizar esta fonte de energia: coletores solares térmicos, que podem aquecer a água e o ar para casas e instalações industriais; ou energia solar foto voltaica (PV), que gera eletricidade diretamente a partir da luz do sol.

3 Plantações podem ser cultivadas para a produção de combustíveis e a com postagem de material vegetal também pode ser usada para produzir gás metano, que, por sua vez, pode ser utilizado como combustível. Resíduos florestais e agrícolas também podem ser usados para produzir eletricidade e aquecer, sem causar o aumento dos níveis de CO2.

4 Os projetos de usinas hidrelétricas de pequena escala usam o fluxo natural das águas dos rios para gerar eletricidade. Unidades hidrelétricas familiares contam com pequenas turbinas que usam o fluxo da água para gerar eletricidade para casas. Na China, cerca de 45 mil pequenos projetos de pequenas hidrelétricas geram energia para mais de 50 milhões de pessoas.

Enquanto eles riem a sociedade paga a conta pela incompetência gerencial

Prejuízo de R$ 96 mi por semestre


Em artigo recente, o jornalista José Valverde escreve que o  atraso da Chesf – no caso do Parque Eólico de Guanambi – dá prejuízo de R$96 milhões por semestre e que nós contribuintes pagamos a conta: Veja o que ele escreve:


JOSÉ VALVERDE

Um desembolso perdido de R$ 96 milhões por semestre é o prejuízo que a estatal Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) está transferindo à sociedade em razão do atraso na construção da linha de transmissão que interligará um parque de geração de energia eólica, no interior da Bahia, à sua rede de transmissão.

Com a presença do governador da Bahia, Jaques Wagner, o parque eólico foi inaugurado semana passada, no prazo contratual, mas a Chesf nem ao menos começou a instalação da mencionada linha de transmissão, uma das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Com capacidade para gerar 294 megawatts, energia suficiente para suprir 540 mil residências, o parque eólico foi instalado por uma empresa privada – a Renova Energia – em áreas de três municípios do Sudoeste da Bahia, Caetité, Igaporã e Guanambi, ao custo declarado de R$ 1,2 bilhão.

Na cerimônia de inauguração, o presidente da Renova, Mathias Becker, ressaltou que sua empresa não terá nenhum prejuízo, pois receberá integralmente pela energia que seria gerada, caso a linha de transmissão estivesse concluída. Mas lamentou a decepção. “Nosso desejo é que o parque pudesse iniciar logo sua fase operacional”. Ao dar o parque por inaugurado, a Renova Energia pretendeu provar à sociedade que sua parte no contrato foi cumprida.

Já o presidente da Chesf, João Bosco Almeida, deixou a inauguração esquivando-se dos repórteres que quiseram entrevistá-lo. Mas se sabe que nem a licença para começar a construção da linha de transmissão a Chesf já conseguiu. Entre outras exigências, essa construção depende ainda da anuência dos donos de fazendas e terreno onde serão erguidas as torres, entre Igaporã e a conexão com a rede da Chesf em outra cidade, Bom Jesus da Lapa.