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quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Dora Rosa destaca parceria com a comunicação
Reitora da UFBa é filha de Idalino Rosa, de tradicional família de Brotas de Macaúbas
Filha do brotense Idalino Rosa, a reitora da Ufba, Dora Leal Rosa entende que universidade deve estabelecer relação de parceria com os meios de comunicação com o objetivo de levar conceitos científicos e discussões controversas para o grande público. Em entrevista com Mariana Alcântara e Wagner Ferreira (Agência Ciência e Cultura) ela defende também a ampliação na mídia dos espaços destinados ao Jornalismo Científico e vê na Agência Ciência e Cultura um importante instrumento de democratização do conhecimento
P - Para a Ufba, uma das universidades que mais produz pesquisa no Nordeste, o que falta para que os resultados destas pesquisas sejam de conhecimento do grande público?
Dora Leal Rosa – Do ponto de vista acadêmico, a Ufba é altamente reputada dentro do estado da Bahia, no Nordeste e no Brasil. Esse reconhecimento é traduzido por meio de convites a bancas e grandes eventos acadêmicos. Neste momento, nós temos dois pesquisadores que integram comissões da Capes, nas áreas de Artes Cênicas e Psicologia. Dificilmente dois integrantes da mesma instituição fazem parte de uma entidade como a Capes.
“Temos uma limitação na divulgação de nossos resultados. Uma Agência, como a que vocês estão propondo construir, é importante, principalmente, por ser voltada ao Jornalismo Científico”
Mas o foco da sua pergunta é na divulgação, não pelos pares, e sim para um público maismplo. Mas será que a nossa sociedade conhece a Ufba para além de seus cursos de graduação? Acho que a Ufba é conhecida pela comunidade não acadêmica pelo ensino de graduação e pouco se conhece das outras atividades que fundamentam o ensino de graduação que é a pesquisa e a extensão. Estas não se traduzem tão facilmente para a população; o que nós temos na área da Educação, da Biologia, da Saúde. Acho que temos uma limitação na divulgação desses resultados. Então, uma Agência, como a que vocês estão propondo construir, é importante, principalmente, por ser voltada ao Jornalismo Científico.
Acho que a mídia, os grandes jornais do nosso estado e a televisão, precisam ter um caderno, uma página dedicada ao Jornalismo Científico, traduzindo para a população esse conhecimento que é gerado pela Universidade em suas pesquisas. Nós temos uma área de Saúde que é altamente reputada, mas a população não conhece o resultado de pesquisas nesta área. Na minha área, que é a Educação, nós temos trabalhos importantíssimos na Faculdade de Educação, por meio de nossos pesquisadores que integram o programa de pós-graduação. Acredito que boa parte da nossa população não conheça esses resultados, porque eles são publicados em revistas da nossa área, mas não são apropriados para os meios de comunicação.
P – Então esses resultados ficam restritos ao ambiente acadêmico?
Dora Leal Rosa – Muito restrito. Eu acho que para que esse conhecimento gerado pelas pesquisas seja empregado em nossas vidas, é preciso traduzi-lo para uma linguagem apropriada pelo conjunto da população. Eu me recordo de um livro de Carl Sagan, que foi uma pessoa que trabalhou muito pela divulgação do conhecimento científico. Ele falava da importância da divulgação cientifica para que tivéssemos a nossa formação, nossa educação científica. Ele dizia que o pleno exercício da cidadania só poderia existir se o cidadão compreendesse a sociedade contemporânea e, principalmente, que tivesse informação para que participasse desses debates. Temos agora uma grande discussão sobre energia nuclear. É preciso que a gente entenda como cidadão o impacto da energia nuclear em um país como o Brasil; como deve ser definida a sua matriz energética e como se proteger dela.
P – Em muito dos casos, o incentivo à divulgação científica não parte dos órgãos responsáveis pela qualificação de programas de pós-graduação e pesquisadores. Atividades de extensão, que visem a popularização da ciência por meio de publicações em livros e revistas, têm peso menor no Lattes do que a produção de artigos. Como mudar isso?
Dora Leal Rosa – Acho que são dois planos de discussão. O primeiro dentro da universidade, aonde nós já vínhamos avançando e visa a contabilizar essas atividades de extensão, e a discussão extra-universidade, junto às agencias, como a Capes, que é quem avalia nossos alunos. Por isso se faz necessária a discussão, representada por nossos pares nas agências de fomento em prol da valorização das atividades de extensão.
P – Voltando à questão da divulgação científica, para a senhora, que já tem uma trajetória importante na área da Educação, como é possível um país como o Brasil, que não tem um retrospecto de investimento maciço na Educação, faça que a educação científica se torne algo mais concreto?
Dora Leal Rosa - Esse é um desafio que a Universidade tem que colocar como objetivos institucionais. Quando eu estava na Fapesb, nós estávamos investindo cerca de R$ 1 milhão em projetos que tivessem como foco a educação científica. Eu acho que a Universidade também precisa fazer esse esforço, que virá através da extensão, de forma que a gente possa contribuir para a educação básica com foco na educação científica. Devemos conduzir as ações de forma paralela, então vamos esperar que aumente os recursos para a Educação para que tenhamos tal tipo de atividade. Há muitos outros editais contemplados pela Ufba, não só das engenharias, mas que englobam o uso de tecnologias sociais, a exemplo da Escola de Administração, que tem programas que utilizam essas tecnologias.
P – O Departamento de Popularização da Ciência, desde 2004, com o professor Ildeu de Castro Moreira, fez com que o tema entrasse para a agenda política por ser um instrumento de inclusão social. Como a senhora vê na Ufba a inclusão social aliada a uma educação científica voltada para a popularização da ciência?
Dora Leal Rosa – Eu acho que, com o advento da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, deve-se pensar Ciência e Tecnologia na perspectiva da inclusão social. A população não pode ficar fora dos benefícios gerados pelo conhecimento. No caso da Ufba, eu estava na Fapesb quando lançamos vários editais que tinham essa perspectiva de desenvolver o conhecimento e promover a inclusão e a Universidade participou de muitos editais. Um deles foi um edital voltado para o semiárido, assunto de importante inovação tecnológica.
P – É comum ouvir que a ciência é masculina, a senhora é a segunda reitora da universidade. Então, a ciência é masculina?
Dora Leal Rosa – A ciência não escolhe gênero. Ao longo da história, existiram muitas mulheres pesquisadoras importantes. Fomos convencidas que tínhamos um melhor desempenho em atividades domésticas, mas, na verdade, a própria ciência já nos sinalizou que nós mulheres temos o mesmo potencial. É preciso que sejamos preparadas para tal atividade.
P - Gostaríamos que a reitora fizesse suas considerações finais em relação a Ufba como Universidade Nova e suas perspectivas
Dora Leal Rosa – A nossa Ufba, hoje, tem muita clareza com o seu compromisso com a sociedade. Todo esse movimento que a Ufba fez no sentido de incorporar segmentos que estavam excluídos do ensino superior é um ponto importantíssimo de abrir-se cada vez mais para a sociedade; interiorizando com dois campi, em Vitória da Conquista e Barreiras. Eu vejo com muito otimismo. Sinto-me profundamente honrada por ter sido escolhida como reitora dessa universidade, reconhecida e aplaudida pelo nosso estado. Estou muito orgulhosa por estar aqui.
Obrigado a vocês e espero que a Agência se torne mais que um projeto acadêmico de um curso e passe a integrar de forma definitiva a nossa universidade.
PERFIL
Nascida em Santo Amaro da Purificação em 1947, Dora Leal Rosa é filha de Idalino Rosa, filho de tradicional família de Brotas de Macaúbas que migrou para o recôncavo baiano no início dos anos 20. Ela é graduada em Ciências Sociais pela UFBA, possui dois mestrados, sendo um na área de Educação pela Université des Sciences Humaines de Strasbourg e outro em Ciências Sociais pela UFBA, além de ser doutora em Educação. Professora da Federal da Bahia desde 1983, Dora fez carreira dentro da universidade até chegar a ser pró-reitora de Planejamento e Administração, cargo que assumiu em fevereiro de 2004. Em agosto de 2010 assumiu como reitora da UFBa, após ser a mais votada na eleição realizada entre professores, estudantes e funcionários da instituição.
Já orientou seis dissertações de mestrado, das quais duas ainda em andamento, e, atualmente, orienta três estudantes de doutorando. Além disso, Dora Leal já participou de 28 publicações, entre artigos em periódicos, capítulos de livros e anais de congressos. Faz parte do grupo de pesquisa Política e Gestão da Educação com duas linhas de pesquisa: Avaliação de processos e instituições educacionais e Política e gestão escolar e universitária.
Dora Leal Rosa foi também diretora geral da Fapesb - Fundação de Amparo à Pesquisa.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Assaltantes levam terror à cidade de Ipupiara
Bandidos atacaram as agência dos bancos do Brasile Bradesco, fizeram reféns e agrediram clientes que foram saqueados
As agências do Banco do Brasil e do Bradesco foram saqueadas nesta segunda-feira (22) pela manhã na cidade de Ipupiara, na Chapada Diamantina, a 630 quilômetros de Salvador, onde a população viveu cerca de uma hora sob medo e tensão. Dez homens fortemente armados, inclusive com fuzis e metralhadoras, invadiram as duas casas bancárias, agredindo e roubando os cliente e também o dinheiro dos caixas. Houve forte tiroteio nas ruas do centro da cidade aterrorizando os feirantes, pois era o dia de feira. Os assaltantes cortaram os fios telefônicos, isolando o lugar e até os fios de alta tensão foram cortados a bala, havendo suspensão da energia elétrica. Pelo menos uma mulher ficou ferida, atingida por estilhaços de vidro em uma das agências bancárias.
Os assaltantes agiram orquestradamente nos dois bancos, onde esperaram a abertura dos cofres. Também fizeram reféns, que só foram libertados mais tarde na localidade de Pituba, oito quilômetros depois da cidade, em direção ao município de Gentio do Ouro. A população de Ipupiara ficou revoltada com a falta de segurança e se queixam que estão sem delegado há mais de quatro anos. Eles reclamam da covardia dos bandidos que espancaram algumas pessoas e tomaram dinheiro num arrastão nas proximidades dos bancos. A localidade possui quatro policiais que não tiveram ação diante da ousadia da operação dos ladrões. O delegado responsável pelas investigações é da cidade vizinha, Brotas de Macaúbas, que, solicitou ajuda de policiais sediados em Seabra para a busca aos criminosos.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Deputados federais gastam R$48,3 milhões em seis meses
Cinco baianos aparecem na lista daqueles que mais gastaram este ano
Apenas nos primeiros meses deste ano – de janeiro a junho - os 513 deputados federais gostaram R$48,3 milhões, com a manutenção do exercício de seus mandatos. Levantamento feito pelo UOL Notícias, com base nos dados disponíveis no site da Câmara, mostra que 18%, ou R$8,8 milhões, desse dinheiro foi usado em propaganda pelos próprios parlamentares.
O levantamento aponta que o segundo maior gasto foi com "locação de veículos automotores ou fretamento de embarcações", que somou R$7,3 milhões, o equivalente a 15% do total. O valor dessa cota mensal varia de estado para estado, indo de R$23 mil a R$34,2 mil, sendo que à Bahia coube o limite de gastos de R$29,2 mil.
Dos 39 deputados pelo menos cinco – ACM Neto (DEM), Emiliano José (PT), Marcos Medrado (PDT), Maurício Trindade (PR) e Oziel Oliveira (PDT) – aparecem entre os primeiros colocados em algumas das 12 categorias de despesas cobertas pela cota parlamentar.
Dentro do padrão
O jornal A TARDE publicou declarações de três desses cinco deputados baianos campeões em gastos, e todos alegaram que o uso da verba indenizatória está dentro do padrão para o exercício dos respectivos mandatos. O líder do Partido Democrata na Câmara dos Deputados, ACM Neto, foi o que mais gastou – R$48 mil – em manutenção de escritório.
"Meu escritório (em Ondina) tem uma estrutura compatível com minha atuação parlamentar e o aluguel está abaixo dos imóveis naquela região", garantiu o democrata, que ocupa o escritório que foi de seu avô, o ex-senador ACM.
O petista Emiliano José foi o vencedor em despesas com alimentação, somando R$16,7 mil. O parlamentar, que consumiu no total R$115,8 mil da cota parlamentar, disse que tem uma "alimentação frugal", e justificou essa despesa pelo fato de morar só, tanto em Brasília, onde reside em um hotel, como em Salvador.
"Minha alimentação é toda ela feita na rua. Até mesmo o café da manhã", explicou, lembrando que "a política também passa pela refeição", citando ocasiões em que o parlamentar tem de bancar almoços e jantares.
O deputado Marcos Medrado (PDT) foi o parlamentar com o segundo maior gasto com locação de veículos - R$67,5 mil - e em combustível - R$22,5 mil -, dividindo a posição com outros seis parlamentares.
No geral, o pedetista gastou R$119,3 mil. Medrado afirma que obedece o limite da cota e assegurou que suas despesas, com estes itens, são até maiores. "Meu gasto mensal com combustível é de R$4,5 mil, mas preciso colocar mais do meu bolso", informou.
Não foram localizados, na quinta, os deputados Maurício Trindade (PR), que está no grupo que ficou na segunda posição em gastos com combustíveis (R$22,5 mil) e Oziel Oliveira (PDT), terceiro colocado em compras de passagens aéreas, com R$62 mil.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Ford lança F-150 Harley Davidson
Fotos divulgaçãoPicape é um dos destaques da série especial dentro da linha 2012 apresentada nos EUA
A Ford está lançando, nos Estados Unidos, a nova versão Harley Davidson da picape F-150 com motor V8 6.2 a gasolina com 417 cv e 60 kgfm. Personalizada, a picape sequencia uma parceria iniciada entre as duas marcas desde 1999. De lá para cá já foram produzidas 17 versões Harley-Davidson da Série F (a linha de veículos mais vendida do mundo), que somaram mais de 70 mil unidades.
O modelo conta com rodas de alumínio aro 22, chave com sistema key less, teto solar com células fotoelétricas, sistema multimídia com tela de 4,2 polegadas, acabamento interno exclusivo, bancos em couro de cobra, bancos traseiros aquecidos, câmera de ré, pedais ajustáveis, etc.
Nesta versão 2012, a picape traz detalhes de acabamento em couro de cobra, novo grafismo nas laterais, novas rodas e pintura especial. Seu motor 6.2 V8 (oito cilindros em "V") tem 416 cv de potência 60 kgfm de torque (força), com avanços que incluem duplo comando de válvulas, duas velas por cilindro e duplo sensor de detonação. O câmbio automático SelectShift tem uma função que permite bom controle nas trocas de marcha.
A frente da F-150 tem grade de seis barras cromadas, com o emblema da Harley, aparência rebaixada e rodas de alumínio de 22 polegadas. A carroceria vem nas cores clássicas preto Tuxedo e branco Platinum da Harley-Davidson – esta última oferecida pela primeira vez na linha. Os grafismos laterais da carroceria têm textura especial imitando couro de cobra, inspirados nos apliques de couro de cobra usados no tanque das motos premium da Harley-Davidson.
O interior da nova picape combina detalhes de preto Tuxedo de alto brilho, alumínio escovado, cromo acetinado e apliques de couro de cobra na direção, na tampa do console e nos bancos. Cada veículo traz uma placa numerada de identificação da série limitada. Além disso, oferece ainda uma série de opções, como tela de 4,2 polegadas no painel controlada por botões na direção e uma tela de 8 polegadas "touch screen" para o sistema de navegação, temperatura e rádio por satélite Sirius, com comandos de voz. É equipada ainda com teto-solar, câmera de visão traseira, bancos traseiros aquecidos, iluminação ambiente, sistema de partida remota, tomada de 110 volts e pedais com ajuste elétrico.
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